O MUNDO ESTÁ PROTEGIDO PELA RAZÃO
Nós somos vivificados imersos às diversas influências de religiões, culturas, costumes, leis e outras coisas que o homem criou no mundo, mas por trás de todas essas coisas, há uma força que trabalha na qual o ser humano não consegue sentir, entretanto, deve perceber ou enxergar. É ensinado que essa força se chama “predestinação”.
Cada um possui a sua predestinação (cada um por si), e só o que faz haver a diferença entre as predestinações é o uso do espírito através do livre arbítrio. No decorrer das gerações, este vai se acumulando e sendo arquivado. Isto é, o espírito humano é protegido e ligado direto com Deus, porém na realidade em geral, não está sendo entendido ou compreendido dessa forma.
Na origem da criação humana, Deus nos deu a inteligência e com isso surgiram muitas descobertas e invenções, mas ainda há varias dúvidas sobre o livre espírito humano. Assim no Mikagurauta - Hino Sagrado 10 parte 1, diz:
“O espírito humano, não é tão fácil de entender”.
1) Existe a predestinação positiva e negativa, estas podem mudar de uma para outra conforme as influências das coisas criadas pelo homem, mas o que não modifica é a Razão dos princípios: causa e conseqüência, assim como os animais e os vegetais que têm a sua semente e colheita. Este processo é que chamamos de estrutura da predestinação. Não há a possibilidade de apagá-la ou elimina-la mesmo após o retornamento (morte), pois a mesma acompanha junto à alma.
Resumindo, a estrutura da predestinação constitui: o espírito, a semente e o livre arbítrio. Com a semeadura construimos a predestinação, e o que vem acontecendo é a colheita, isto é, podemos afirmar que as conseqüências da vida são resultados da predestinação.
Cada indivíduo adquiriu o hábito de semear tanto positivamente quanto negativamente, e sem perceber ou sem limpar, este hábito vai se acumulando chegando ao ponto de prestar as contas de acordo com o tempo, o lugar e a pessoa determinada. Esta prestação pode ocorrer também, através de doenças ou problemas pessoais em geral. É dessa maneira que a vida de semeadura e colheita segue repetidamente.
2) Na estrutura da predestinação, está em anexo o merecimento positivo e negativo. Mesmo que não saibamos, a Razão separa o merecimento positivo do negativo na hora de semearmos. Por exemplo, através da força do merecimento positivo – numa predestinação negativa – a Razão encaminha à conversão da situação grave para leve ou de leve para nada. Ao contrário disso, mesmo havendo a predestinação positiva, mas conforme o acúmulo de merecimento negativo o caminho torna-se destruidor.
Mesmo obtendo o espírito livre na hora de semear, o mais importante é saber selecionar o modo de pensar, falar e fazer, escolhendo qual a atitude levará ao merecimento positivo ou negativo, e é isso que irá decidir o resultado do amanhã. Portanto se agirmos ou pensarmos com a “Razão”, acumulamos merecimento positivo. Se for ao contrário, ou seja, se agirmos com o “coração” transforma-se em merecimento negativo. Por isso, precisamos estar conscientes em nossas atitudes para podermos acumular merecimento positivo, apesar de que tanto este quanto o merecimento negativo, somos naturalmente obrigados pela razão da natureza, a acumula-los.
3) Como somos vivificados pela absoluta estrutura de semeadura e colheita – fruto da onipotência de Deus – independente de coisas pequenas ou grandes, do pensar, falar e agir, são atos da razão de saída que é a semeadura. E ainda, ver, escutar e as conseqüências que vem acontecendo são coisas da razão de entrada que é a colheita. Conseqüentemente tudo isso não é, e nem foi uma estrutura criada pela inteligência, sabedoria e força do ser humano.
4) Dentro do livre uso espiritual estão anexadas as oito poeiras que são indispensáveis. As quais não podemos fugir ou menos eliminar, e sim, controla-las com a razão (ensinamento). Mesmo que essa estrutura faça parte da fonte de energia da vida para conseguir objetivos, tudo tem seu limite, e se não estudarmos e compreendermos os limites do uso do livre arbítrio seria como estar praticando um suicídio, ou seja, destruindo a sí próprio.
5) No Mikagurauta – Hino Sagrado 6 parte 3, diz:
“Todos os espíritos humanos refletem-se no mundo como se fossem espelhos”.
Significa que tudo que sai de si próprio, reflete-se no mundo e volta para si. O mais importante é enxergar e comprovar isso para se convencer de que o mundo de razão existe. Todas as experiências, estudos e conhecimentos adquiridos são a base de uma relação, onde as coisas acontecem de acordo com o nosso nível espiritual, isto é, a razão se encarrega de aproximar situações (de mesmo nível ou conforme a predestinação) para nós vivermos. Portanto, é a vida de frente para o espelho.
No Ofudessaki – Escritura Divina, está assim:
“Protege-os unindo as predestinações das vidas anteriores, isto se estabelecerá firme para todo o sempre”.
Se não despertarmos para o mundo de razão, tudo parecerá normal (será visto como normal), natural ou comum. Com isso, não gerará o espírito de gratidão, ao menos o espírito de salvação ao próximo, seguindo assim, a sua predestinação (negativa) já construída.
6) Por fim, através do livre arbítrio (semeadura) cada um tem sua vida construída (predestinação) diferente dos outros;
Mesmo vivendo a reclamar da vida, dizendo que não há jeito ou o destino é assim mesmo e tentar desistir ou fugir, lembre-se que, Deus, na ocasião da criação humana, teve como objetivo, compartilhar e satisfazer-se vendo os filhos praticando a vida plena de alegria e felicidade. Portanto, para uma vida equilibrada Ele nos ofereceu inteligência e capacidade mostrando através da Oyassama, que deixou seu modelo de vida. Porém, na realidade, ainda são poucas as pessoas que entendem o mundo da razão.
Neste mundo, tudo tem o seu equilíbrio “Razão de Dois por Um” (toda ação tem uma reação). Por exemplo, a semeadura e colheita, merecimento e predestinação, e as oito poeiras se unem para formar uma só razão, oferecendo um equilíbrio. Pela estrutura do mundo de razão, a maioria das coisas, dependem de uma força adversária (dois por um); A escolha – ao semearmos através do livre arbítrio – deve ser feita com muita cautela, pois automaticamente poderá acarretar em uma colheita bastante desagradável. No entanto, ao mesmo tempo, não podemos pensar que o mau não deveria existir, ao contrário disto, temos que pensar o quanto é gratificante ter o lado ruim; pois só conseguimos enxergar o lado bom, se passarmos ou experimentarmos o lado negativo, e assim vice-versa.
Há 171 anos atrás, teve início o ensinamento da Tenrikyo, no qual Deus através da “Oyassama” nos ensinou como usar o livre arbítrio associando-o (semeando) com a razão. Também, nos ensinou como é importante efetuar o “transporte”, “hinokishin”, “oferenda”, “divulgação” e “salvação”. Devido tudo ser um mundo de empréstimo (coisas emprestadas), é preciso devolver no mínimo 10% para a natureza em retribuição à gratidão, onde aliás, sem percebermos tudo é naturalmente cobrado por ela.
“Se nós seres humanos caminharmos repetindo com este ensinamento, teremos uma vida equilibrada e protegida pela razão da natureza.”